terça-feira, 25 de agosto de 2009

A gente se entende

Hoje, o “A gente se entende” trouxe 3 perguntas. Em uma delas, eu pude me ver em agosto do ano passado, quando passei pela mesma situação. As outras duas são questões curiosas por dois motivos: 1) Vieram de pessoas que não tem nada a ver com processos para trainee e é muito bom ter essa visão de fora e 2) Eu não sei a resposta e as tomei como minhas dúvidas também.

1) De quanto em quanto tempo as empresas fazem seleção para trainee? Vou me formar em 2010 e a maioria dos processos é para pessoas que vão se formar esse ano.
Geralmente as empresas abrem processos anualmente e no mesmo período do ano, mas existem exceções. Algumas companhias só abrem vagas no final de cada programa de trainee e outras não tem um calendário tão rígido. Exs: Serasa – o programa deles acontece de 3 em 3 anos / Ernst & Young – esse ano já abriu vagas duas vezes.

Para quem vai se formar no ano que vem, por enquanto não têm muitas oportunidades, mas é legal acompanhar os processos para saber mais ou menos as épocas que os processos abrem inscrições e como são as etapas. A agenda do google que eu fiz com os períodos de inscrição pode dar uma boa base para o ano que vem.

Quem se forma em julho de 2010, já pode começar o ano se inscrevendo em alguns processos, mas o pessoal que como eu só se forma em dezembro, só começa a ter chance de se inscrever a partir de junho/julho.

2) Porque na inscrição dos processos para trainee (e durante também) a grande maioria das empresas não pergunta sobre vivências/viagens dentro do Brasil?
O argumento aqui é bem simples: “Mesmo a empresa sendo multinacional, o trainee vai trabalhar no mercado nacional (pelo menos a princípio). Não seria uma experiência importante?”

Já li e vi pessoas falando sobre as dificuldades enfrentadas por empresas que atuam em todas as regiões do país pela imensa diversidade de hábitos, costumes e até mesmo do linguajar. Conhecer um pouquinho de outros estados, pode ser muito útil na maioria dos negócios com abrangência nacional.

Não estou desmerecendo o intercâmbio. Acredito que além de praticar uma segunda língua, essa vivência proporciona a experiência de viver longe dos pais, ser independente e ‘ter que se virar’, mas conhecer o Brasil poderia ser um pouco mais valorizado nos processos seletivos.

3) Porque nos processos seletivos para trainee são feitas provas de inglês, raciocínio lógico, atualidades, mas nenhuma sobre os conhecimentos técnicos da área do candidato?
O argumento: na teoria, o que os candidatos recém-formados têm de mais valor é o conhecimento adquirido durante os anos na Universidade, mas em momento algum dos processos isso é efetivamente colocado à prova.

Acredito que a pergunta e o argumento por si só já deixam a dúvida no ar. O que eu percebo é que os processos seletivos têm como objetivo avaliar as características comportamentais e o perfil dos candidatos, mas realmente deixar de fora o que nós aprendemos em anos da Universidade, é no mínimo intrigante.

2 comentários:

  1. Lili,

    Participei de um processo de Trainee da Yara que os conhecimentos técnicos, no meu caso agronômics foram avalidados com provas específicas online e durante as outras fases da seleção, inclusive na dinâmica e na entrevista.

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  2. Você tem razão Lili!

    Estes conhecimentos tão valiosos como o entendimento da realidade brasileira e principalmente o domínio técnico são pouquíssimas vezes questionados.

    Engraçado que eu trabalhei em uma empresa de RH (e de pequeno porte) que me aplicou um case onde seria avaliado o meu domínio sobre uma ferramenta de mkt, aliás, eu me formei nisso.

    Mistérios da vida!

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