terça-feira, 12 de maio de 2009

De volta às Gerações

Lendo um pouco do que a internet nos oferece fica claro que um dos grandes assuntos do momento no mundo corporativo é a relação entre as Gerações. Tem os que falam bem, os que falam mal, os que falam em integração e até os que detestam essa mistura. Independentemente de qual seja a sua posição, uma coisa é certa: para se dar bem no mercado de trabalho é necessário entender todas as gerações e a melhor forma de lidar com as diferenças.

Hoje li um texto da Eline Kullock, do blog Foco em Gerações, que muito me inspirou, já que tocou em um assunto pouco falado: máscaras profissionais.

Se você trabalha em empresa provavelmente já conhece bem, mas qualquer um que tenha usado roupa social para uma entrevista, pensando no quanto gostaria de estar de All Star já é iniciado no assunto, mas a questão vai além. A roupa é só o começo.

Vejam esse trecho:

A Geração Y também quer se sentir participante e não expectadora (...)Porque a empresa é uma extensão de sua vida. Porque ele não diferencia suavida “intra-muros-organizacionais” e vida privada. Ele quer uma vida só.Verdadeira. Integrada. Sem vestir tantas máscaras.”

Dividir nossa vida em duas partes como diz o texto é possível - nós nos adaptamos facilmente -, mas não é o desejável. Gostamos de ser originais e ao entrar em um ambiente de trabalho cheio de máscaras e poses, ficamos procurando as pessoas reais, já que estamos acostumados a isso. Saímos do ambiente da escola e da universidade onde sempre houve cumplicidade, mesmo que com poucas pessoas. Falamos de igual pra igual com quem quer que seja, não por sermos “marketeiros de nascença”, mas porque integração para nós, é algo natural. Por isso vemos casos de trainees que batem na porta dos diretores para mostrar projetos e os mais velhos ficam escandalizados.

Uma vez me disseram uma expressão fabulosa: “fantasia de trabalho”. Adorei! Vocês já notaram como as pessoas são diferentes quando despidas desse traje? E o melhor: já notaram quanto o ambiente e a produtividade melhora quando existe a integração real entre as pessoas?

Quando entrei na empresa que estou hoje, eu sentia o ambiente muito formal e as pessoas tentando passar uma imagem de perfeição o tempo todo me deixavam muito distante. Comentando com minha mãe o assunto ela disse algo muito correto: “É muito mais fácil as pessoas se integrarem quando enxergam erros e defeitos nos outros. Afinal, pessoas perfeitas não precisam de mais ninguém”.

Com o tempo fui conhecendo as pessoas e comecei a me mostrar também, já que naquele ambiente inóspito eu tinha medo de ser eu mesma. Hoje, depois de 1 ano e 2 meses, tudo mudou. O rendimento da equipe continua ótimo, mas com um prazer muito maior nas nossas realizações.

Quando as pessoas respondem em pesquisas que é importante ter um bom ambiente de trabalho, talvez não se refiram a uma equipe que alcança resultados somente, mas à felicidade que é alcançar um sucesso partilhado. Voltamos à questão do trabalho em equipe que eu já comentei aqui. Além disso, existem outras questões envolvidas como confiar nas pessoas do grupo e conhecer as fraquezas e o potencial de cada um, ficando muito mais simples delegar.

Como vocês podem ver, as máscaras estão caindo e para ser respeitado não adianta ter credenciais ou um cargo alto, e sim ser acessível, partilhar e cooperar, mas isso já é assunto para outro post.

Ps: Eline, obrigada pela inspiração!

3 comentários:

  1. oi lili
    estou usando muuuito o teu blog.
    muito obrigado, viu?

    mas, me diz:nao achas que sao poucos os programas de trainees para a area de comunicação social?

    att
    lucas
    lucasrohan@gmail.com

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  2. Lucas,

    De nada! =)

    Bom, se formos comparar com a quantidade de programas de trainee que existem para Engenharias, Adm e TI, realmente ficamos pra trás, mas ainda assim, existem muitas empresas que nos aceitam! rs!

    De qualquer forma, essa percepção pessimista muda no segundo semetre, quando a grande maioria das empresas abrem seus processos, aí vem Unilever, Nestlé, Souza Cruz, Philip Morris, Ambev, Itaú, Santander...e muitas outras!

    Se você realmente estiver interessado em ser trainee, se prepara para uma maratona de provas e dinâmicas no segundo semestre!

    Bjs,
    Lili

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  3. Lili, q lindo o seu trabalho aqui ein ... só quero ver ano que vem... espero contar com vc (jogando com o emocional rs). agora falando mais do tema do post. Nossa, realmente , adotei o termo fantasia de trabalho tb, q por sinal roubei de vc, mas é perfeita a definição. No meu estágio ainda rola um casual friday, q eu por sinal abuso do casual, faço quase um "vou pra night friday", mas de certa forma ja é uma forma de mostrar mais o outro lado da máscara q a pessoa veste. Acho que as próprias empresas ja perceberam que integração menos formal é benéfico, algumas mais modernas, com seus espaços de relaxamento e descontração outros menos, mas acredito que os eventos de final de ano, e integração é um reflexo dessa questão menos forma. Bom, eu sei que algumas vezes um bom chopp depois do trabalho pode fazer milagres pra produtividade da empresa e soluções de abacaxis espinhentos ... mais do que pode ser posto em numero e mensurado.

    bjssss

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